09-07-2012 15:29

ateliê | I hate world music!

24 e 25 de julho

Auditório do Centro de Artes de Sines

Iniciativa no âmbito do FMM Sines - Festival Músicas do Mundo 2012

Entrada livre

Organização CM Sines e Unipop

24 de julho (terça)
17h30 – Abertura, pela Unipop
18h30 – Mesa-redonda, com Manuel Deniz Silva (musicólogo), JP Simões (músico), Raquel Bulha (jornalista e apresentadora do programa «Planeta 3», da Antena 3), Afonso Cortez (investigador e editor da coletânea Portuguese Nuggets) e Marta Lança (editora e programadora do projeto Buala)

25 de julho (quarta)
17h30 – Assembleia/seminário de discussão do texto «Transpor as fronteiras da música: I hate world music», de David Byrne

Nas últimas décadas, a expressão world music/música do mundo tornou-se objecto frequente de referência por parte de editoras, músicos, jornalistas, vendedores, investigadores, públicos, produtores, etc. Veio assim juntar-se a outras tantas expressões mobilizadas para classificar uma dada música. Esta prática de classificação de um género musical – mas poder-se-ia dizer o mesmo a respeito de outra actividade artística ou cultural – é fruto da vontade de descrever determinada realidade musical, caracterizando-o por identificação ou diferenciação em relação a outras realidades musicais, mas toda a descrição igualmente participa da realidade que procura descrever. A um determinado músico, em razão da música por ele produzida, são aplicados determinados adjectivos – popular, electrónico, tradicional, português, pop, francófono, africano, jazz, folk, etc. –, mas estes adjectivos igualmente contribuem para transformações substanciais a nível da própria música produzida. Estabelece-se assim uma relação de influência mútua entre a música tocada e a música classificada. No caso da world music acresce a circunstância de não se tratar da designação de um género, mas de procurar categorizar sob um único rótulo toda a música que não seja imediatamente enquadrável numa das restantes classificações ou que tenha origem no exterior das fronteiras das indústrias musicais ocidentais. Este seminário tem por objectivo debater as práticas de classificação da música. Interessa-nos, por exemplo, problematizar a formação de critérios de género/estilo musical (música rock, música pop, música ligeira, música clássica, etc.) e de identificação geocultural (música brasileira, música africana, música alentejana, etc.).

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